- Olha, Maria, dêx'-te aqui estas três rosas - das tuas - p'a t' alegrar as vistas no dia dos tês anos. Mái nã te desqueças de vir ver...
E se ser coisa de nã gostares assim munto delas, diz-me qu' ê panho um braçado, todas p'ra ti. Mái, já sabes, qu' ê dá-me pàxão de tirar as florinhas ali das pèzêras, qu' aquilo quái que se pode d'zer que tamém sã viventes.
E vê lá se vás p' aí durando mái uma mêa-dúiza d' anos, senã quem é que me faz uns jantarinhos, me lava as cirôilas e com quem é qu' ê cá garrêo q'ondo t'ver ap'quentado?...
Atã f'camos p'r 'quí, qu' o resto a gente logo conversa os dôs sòzinhos, qu' a famila nã tem precisão de saber disso.
Mái, já agora, semp'e te mando um abraço e que tenhas muntos anos aí prê adiante, e ê cá que 'teja perto p'a ir vendo...
E se qu'reres ir c'mer um franganito assado ali a um restaurante desses à rèzinha da estrada, apronta-te e vamos tôd's dôs. Semp'e nã tens que pôr a mesa e lavar a loiça ô fim. Que tal achas?...
Parabéns, minha bela Maria!