A Via Algarviana passa p'r Monchique e Marmelete. Desqueceram-se foi do Alferce...
Inda 'tão lembrados d' ê cá, aqui há uns tempos, l'es falar na Via Algarviana? Põs antão chigô a altura dela ser estreada... E já que dí o nome, faço tenção d' abalar com eles, aí prê afora, sigunda-fêra que vem.
Digo bem: faço tenção d' abalar. Agora de chigar ô fim, iss' é que já sará d' adregue... Catorze dias a andar à pata d' infiada e uma lonjura de mái de sessenta léguas nã é brincadêra nenhuma... Mái, abala-se e logo se vê o qu' é qu' a coisa vai dar.
Se nã haver azar, no últ'mo d' Abril pisa-se chão cá de Monchique. Abala-se de Silves, já com nove dias de caminho, vem-se ali prê adiante d'rêto à Foz do Barrêro, assobe-se até à Picota e, im menes de nada, 'tá-se na Vila. Drome-se essa nôte cá e, Dia de Maio de manhã, lá se vai, d'rêto à Fóia, caminho de Marmelete.
Só o que me dá maior pàxão é, entes de s' assubir à Picota, nã s' arrodear um coisinho e ir-se passar tamém ô Alferce. Era uma coisa bem pensada qu' aquilo é um Povo que bem mor'cia isso. Mái atão... os homens é que p'a lá fazeram o mapa e, calhando, desqueceram-se. Ó nã saberiam o caminho...
De manêras que, apr'evêto p'a me despedir de vomecêas. Seja p'r um dia ó p'r quinze, em chigando, logo digo alguma coisa. Ad'virtam-se p'r cá ô bem fêto, qu' ele, agora, vai haver p' aí festas qu' até berra...
Fiquem-se com Dés e até qu' a gente se veja.
Desejo-lhe uma boa caminhada e cá fica à espera de notícias e das suas belas fotografias.
ResponderEliminarUm abraço
Dinha
Boa viagem compadre! Sempre a descobrir novas formas de ver ( e mostrar!) a nossa terra!
ResponderEliminarBeijinhos
Amigo Mário,
ResponderEliminarBoa jornada de descobertas. Cá ficamos a aguardar pelas imagens...
Abraço
Muito melhor que a via do Senhor Elefante D. Henrique...
ResponderEliminarAtão compadre, nunca mais chega?!?!
ResponderEliminarSerá que fez mesmo a via duma ponta à ôtra?!
Beijinhos